Oncologia & Hematologia
Manejo do câncer de mama durante a pandemia de Covid-19
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Objetivo: Comunicar diretrizes provisórias para o manejo seguro de pacientes com câncer de mama.

A pandemia da doença por coronavírus de 2019 (COVID-19) trouxe muitos desafios para pacientes, profissionais de saúde e sistemas de saúde. Em meio à pandemia do COVID-19, várias organizações de assistência ao câncer com experiência no manejo multidisciplinar de doenças da mama se uniram para fornecer recomendações iniciais para a triagem e o tratamento de pacientes com doença da mama. As orientações não substituem o critério individual do médico, nem políticas ou diretrizes institucionais. Estas são apenas recomendações e devem ser seguidas levando-se em consideração os recursos de cada instituição e a prevalência da pandemia de COVID-19 na sua região. A associação recomenda enfaticamente que haja uma discussão multidisciplinar para pacientes com câncer de mama sobre a importância da cirurgia eletiva e tratamentos adjuvantes. Essas recomendações estão sujeitas a alterações conforme muda o panorama de intensidade da pandemia de COVID-19.

As recomendações são divididas segundo categorias de prioridade, com base na condição da paciente:

  • Prioridade A inclui pacientes cuja condição traz imediata ameaça à vida, clinicamente instável
  • Prioridade B inclui pacientes cuja situação não é crítica, mas adiamento além de 6 a 8 semanas pode potencialmente afetar o desfecho geral
  • Prioridade C inclui pacientes cuja condição é estável o suficiente para adiar os serviços ao longo de toda a duração da pandemia de COVID-19

A seguir são apresentadas algumas prioridades para doenças da mama, com foco em consultas ambulatoriais e tratamento médico:

  • Prioridade A:
    • Inclui pacientes potencialmente instáveis (p. ex. hematoma, infecção).
    • Novo diagnóstico de câncer invasivo - pode ser convertido em consulta por telemedicina.
    • Quimioterapia de linha inicial deve melhorar os resultados na doença metastática.
  • Prioridade B:
    •  Inclui pacientes pós-operatórios.
    • Novo diagnóstico de câncer não invasivo - converter o quanto possível em consulta por telemedicina.
    • Pacientes estabelecidos com novos problemas ou sintomas do tratamento -converter o quanto possível em consultas por telemedicina.
    • Biópsias em caso de mamografias anormais ou sintomas na mama.
  • Prioridade C:
    • Inclui pacientes estabelecidos sem novos problemas.
    • Visitas de acompanhamento de sobrevida.
    • Pacientes com alto risco de câncer de mama (portadores do gene BRCA, etc.).
    • Consultas de acompanhamento da mama.
    • Visitas de acompanhamento de mama benigna (incluindo atipia e outras lesões benignas). Adie a triagem com outras modalidades.

Referência:The COVID-19 Pandemic Breast Cancer Consortium. Disponível em: https://www.facs.org/quality-programs/cancer/executive-summary. Acesso em 30 de abril de 2020.

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